A bola de vidro da Associação Recreativa, Desportiva e Cultural do Casal Pardo

Atraso-me a jantar, fico na conversa, a ver televisão e saio de casa bem tarde para um bailarico... Chego à Associação Recreativa, Desportiva e Cultural do Casal Pardo - longo nome, ãh? - e, como se costuma dizer, o salão estava às moscas: os bailaricos estão a começar cada vez mais tarde. Um salão luxuoso que qualquer associação sonha ter, com as paredes forradas com madeira e uma pequena faixa metálica para as cadeiras não a desgastar, no tecto está uma bola de vidro pendurada de onde vinha a única iluminação: um efeito bestial! O LF ainda estava a fazer uns testes de som e de luz final. O salão já começava a compor-se e, de repente, o mestre-de-cerimónias inicia uma introdução sonora com uma voz robótica a fazer uma contagem decrescente: “3,2,1…” e começa com “música, eu nasci para a música” de José Cid. Quem não conhece! Mas o baile só arranca na segunda música: uma marcha. A partir daí o bailarico foi intercalando entre marcha, música ligeira e kizomba.

Este não é um bailarico que eu esteja acostumado. Não era uma festa em honra de santo nenhum nem para comemorar aniversário ou outro acontecimento especial: era apenas um bailarico… Para além de ter assistido a um bailarico fantástico com um ambiente nocturno tal e qual como nas discotecas, jovens dançarinos com danças e “esquemas” bem complexos, gente a divertir-se e a beber a sua mini, não senti aquele toque de tradição e de história. Mas deixemos os pormenores irrelevantes para trás.

As capacidades do grande LF foram, mais uma vez, comprovadas: um equipamento de luz controlado por programações via computador, um equipamento de som ensurdecedor, uma dinâmica musical e interacção com o público excepcional, proporcionou um espectáculo divertidíssimo e um ambiente que nos fazia sentir mal se não estivéssemos a dançar.

Diverti-me imenso!

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